Controle de Pragas em Hospitais e Clínicas: Biossegurança e RDC 52/622 da ANVISA
- Edna Ortiz
- 10 de jun.
- 3 min de leitura

Em ambientes de saúde como hospitais, clínicas e laboratórios, o controle de pragas urbanas não é apenas uma questão de limpeza ou estética — é uma exigência crítica de biossegurança. A presença de pragas como baratas, roedores e mosquitos pode colocar em risco a saúde de pacientes, comprometer materiais estéreis e interferir nos procedimentos médicos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece normas rigorosas para a atuação de empresas de controle de pragas nesses locais, com destaque para a RDC nº 52/622, que regulamenta os serviços de desinsetização e desratização. Neste artigo, você vai entender os cuidados exigidos, os riscos envolvidos e como garantir a conformidade legal.
Por que o controle de pragas é vital em ambientes hospitalares?
Hospitais e clínicas são ambientes com alto fluxo de pessoas, presença de resíduos orgânicos, alimentos e medicamentos, o que naturalmente atrai pragas. Essas pragas podem ser vetores de doenças como leptospirose, salmonelose e infecções hospitalares graves, além de contaminarem equipamentos e comprometerem áreas críticas como UTIs e centros cirúrgicos.
Um simples foco de baratas ou formigas pode invalidar a assepsia de um ambiente, colocando em risco pacientes imunossuprimidos, profissionais e até toda a operação da unidade.
O que diz a RDC 52/622 da ANVISA?
A RDC nº 52/622 (substituindo a RDC nº 18/2000) estabelece os critérios para o funcionamento das empresas de controle de vetores e pragas urbanas, exigindo:
Licenciamento sanitário e ambiental
Presença de responsável técnico legalmente habilitado (geralmente um biólogo, químico, engenheiro agrônomo ou médico veterinário)
Uso de produtos saneantes domissanitários registrados na ANVISA
Registro detalhado de cada serviço realizado, com descrição de produtos, quantidades e locais de aplicação
Além disso, os serviços devem respeitar protocolos que garantam a segurança dos pacientes, do ambiente e dos profissionais, com métodos eficazes e de baixo risco toxicológico.
O que a Vigilância Sanitária avalia?
Durante inspeções em hospitais e clínicas, a Vigilância Sanitária verifica:
Existência de Plano de Controle de Pragas atualizado
Registro das aplicações realizadas (datas, produtos, responsáveis)
Condições estruturais que favorecem infestações (rachaduras, ralos abertos, acúmulo de lixo)
Armazenamento e manuseio seguro de produtos
Treinamento de equipes internas para identificar sinais de infestação
Métodos recomendados para hospitais
Em ambientes sensíveis como centros cirúrgicos, laboratórios e UTIs, é recomendada a aplicação de gel, iscas e armadilhas, com produtos de baixa toxicidade e sem odor. Pulverizações e fumacê só devem ser realizadas fora dos horários de funcionamento e em áreas previamente isoladas, com ventilação adequada após o procedimento.
Responsabilidade e boas práticas
Estabelecimentos de saúde devem contratar empresas especializadas e legalizadas, que atuem com responsabilidade técnica e emitam laudos e relatórios detalhados.
Manter um cronograma de monitoramento constante, mesmo que não haja infestação visível, é uma exigência das normas de biossegurança.
A equipe interna deve ser orientada a observar e comunicar qualquer sinal de pragas, evitando a evolução de infestações silenciosas.
Conclusão
O controle de pragas em hospitais e clínicas é uma exigência legal, sanitária e ética. Não basta eliminar pragas visíveis: é preciso ter um sistema preventivo, estruturado e em conformidade com a RDC 52/622 da ANVISA. Além disso, contratar uma empresa com responsabilidade técnica, licenças atualizadas e experiência comprovada é fundamental para garantir a segurança de todos.
Na Estrela Mar, entendemos a seriedade desse serviço. Atuamos com responsabilidade, seguindo todas as normas vigentes e oferecendo soluções eficazes para ambientes hospitalares. Entre em contato e proteja seu espaço de forma segura e regulamentada.



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